sexta-feira, 27 de maio de 2011

A percepção do meio ambiente nos dias atuais

Por Heverthon Rocha

Correria do dia a dia tira nossa percepção do mundo
Os seres humanos, de forma mecânica, começam o dia e não dão conta das belezas naturais que estão ao seu redor. A caminho de suas rotinas diárias, ao volante, no ônibus, no avião ou a pé, não percebem a natureza a sua volta. Já não enxergam mais aquela árvore frondosa no canteiro central da avenida mais movimentada de cidade, seja ela qual for, e qualquer tamanho, pequena, média ou grande.

A população da Terra cresce em números assustadores, já são quase sete bilhões de pessoas. “Antes do século 20, nenhum ser humano tinha vivido o suficiente para testemunhar uma duplicação da população mundial, mas hoje há pessoas que a viram triplicar. Em algum momento no fim de 2011, segundo a Divisão de População das Nações Unidas, seremos 7 bilhões de pessoas”. (KUNZIG, 2011)

Esta explosão demográfica aumenta as necessidades de consumo, e o inevitável consumo desnecessário. O resultado é que vivemos num ritmo frenético, onde as contas a pagar pedem mais horas de trabalho, e a necessidade de bons empregos requer mais horas de sala de aula. Esta loucura diária tira o tempo que antes se tinha para a família, lazer e apreciação do meio ambiente. O homem foi reduzido a um risco ambiental, ou seja, um risco para o próprio homem.

Mas afinal, o que é o meio ambiente? A Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal nº 6.938/81 define meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga ou rege a vida em todas as suas formas”, o que de modo simplificado pode-se conceituar como tudo aquilo que está a nossa volta, inclusive nós mesmos. Entretanto, o meio ambiente é muito mais que isso.

O meio ambiente é composto por tudo que é indispensável à vida na terra, ou seja, tudo aquilo que é utilizado para sua própria sustentação. Estão incluídos neste tudo as condições do ar, solo, recursos hídricos, nutrientes e todos os organismos vivos existentes.

É comum achar que o meio ambiente é composto pelos componentes básicos de ordem “física, química e biológica”, mas na verdade é composto também pelo “meio sociocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem”. (PIZZATTO & PIZZATTO, 2009)

Um grande prestador de serviços. É assim que pode se visualizar o meio ambiente. O seres humanos são usuários não pagantes dos serviços ambientais disponíveis em grandes, pequenas, finitas ou em infinitas quantidades. Enquanto grandes metrópolis e seus habitantes de maior poder aquisitivo são privilegiadas com a exploração essesiva dos recursos naturais, comunidades rurais, ou até mesmo urbanas de baixa ou nenhuma renda, sofrem com a escarcez de recursos vitais como a água ou acesso a energia elétrica.

Para Markus Brose, agrônomo, especialista em agroecologia e doutor em sociologia política pela Universidade de Osnabrück – Alemanha, existem um problema cultural, “em nossa sociedade, existe uma tendência de que grupos vulneráveis sofram com os maiores custos ambientais e usufruam menos dos benefícios do crescimento econômico”. Tal comentário é baseado na existência das industrias em grandes áreas metropolitanas, aumentando os riscos ambientais de fácil deslocamento regional e de impacto difuso.

Ao se deparar com a ausência dos serviços ambientais, instala-se o pânico. O meio ambiente atualmente vive uma crise que está estampada em jornais, revistas, televisão e quase todos os meios de comunicação.

Estamos na era das mudanças climáticas e do acelerado e descontrolado aquecimento global. A
“Carta da Terra”, declaração com apontamento para os princípios éticos da construção de uma sociedade com justiça social, sustentabilidade e paz, trás em seu texto que “estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro”, para os céticos, uma apologia ao pânico. Para os ambientalistas, ecologistas e demais defensores do meio ambiente um apelo para práticas conscientes de preservação ambiental.

Esta preservação tem como aliada a percepção ambiental. Um processo no qual o indivíduo constitui imagens mentais, julgamentos, expectativas e condutas para estabelecer uma melhor compreensão do meio ambiente e das inter-relações com os demais seres vivos. A percepção ambiental é aguçada com a prática da educação ambiental.

O estudo e a prática da educação ambiental possibilita que todos possam ter uma visão holística do meio ambiente, fazendo-o entender todos os processos sinérgicos existentes entre homem e natureza para construção do meio ambiente.

Na educação ambiental utilizamos a percepção ambiental como uma ferramenta que auxilia e possibilita aos seres humanos perceber o meio ambiente, natural ou antrópico, facilitando assim a conscientização ou sensibilização para construção do cidadão ecologicamente correto, responsável e ator fundamental no fortalecimento dos pilares da sustentabilidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

quero denunciar aderrubada de arvores com mais de cem anos de existencia,naregião de cidade tiradentes,divisa de ferraz,rua inacio monteiro,onde as nascentes estão sendo contaminadas e construção de casas em local irregular,o carro da policia ambiental fica junto,tem noticia que houve uma morte,por causa da derrubada clandestina,sera que alguem pode fazer alguma coisa pelas pobrezinhas das arvores e omeio ambiente agradece
fica no ponto final do onibus 3059 sao mateus e 3066 cid tiradentes.